No Dia Internacional da Mulher Rural, descubra o porquê delas estarem se destacando no mercado, prontas para enfrentar os desafios da produção de alimentos, fibras e bioenergia.
No agro, as mulheres doutoras não estão apenas na academia – universidades e faculdades – ou nas instituições representativas, como é o caso da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), um dos maiores redutos de talentos femininos na pesquisa. Cada vez mais, as empresas do agronegócio buscam por mulheres com esse título para integrarem seus quadros em funções de alta gestão ou que sinalizam para lá.
Essas mulheres doutoras representam uma nova geração no campo, altamente especializada, como mostra a lista das 100 mulheres doutoras preparada pela Forbes. O doutorado, também conhecido como Ph.D. (Doctor of Philosophy), é o mais alto grau acadêmico que uma pessoa pode obter em uma determinada área do conhecimento. O pós-doutorado é considerado um aperfeiçoamento. Confira:
1 – Adriana Lúcia da Silva, do IBGC e Agtech Garage
A engenheira agrícola Adriana Lúcia da Silva é doutora em agronomia desde 2006. Em janeiro deste ano, ela tornou-se coordenadora do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) para o interior paulista, a partir de Piracicaba. Neste município em 2016, Adriana também foi cofundadora do Agtech Garage, hub de inovação, sendo membro do conselho até os dias atuais.
2 – Andréia Mara Rotta de Oliveira, pesquisadora
Formada em ciências biológicas, Andréia Mara Rotta de Oliveira é doutora em fitotecnia, técnica de estudo das plantas, desde 2001, com pós-doutorado em microbiologia agrícola. Nos dias atuais, ela é coordenadora da área de pesquisa em olivicultura do departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária, órgão do governo do Rio Grande do Sul, estado que é o maior produtor de azeite do país.
3 -Adrielle Ferrinho, da Minerva Foods
A zootecnista Adrielle Ferrinho é doutora em ciências, qualidade e produtividade animal desde 2020. Seus estudos foram sobre a expressão de genes, envolvendo aspectos de animais da raça nelore e também os cruzamentos com a galiza rubia gallega, de origem na Galícia. Atualmente, ela é a especialista em pesquisa e desenvolvimento na Minerva Foods, em Barretos (SP).
4- Alexandra Pavan Novello, do Centro de Tecnologia Canavieira
A bióloga Alexandra Pavan Novello é doutora em microbiologia agrícola desde 2015, com estudos sobre fermentação, prospecção e formulação de biológicos. Atualmente, ela faz parte da equipe do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), em Piracicaba (SP), onde responde pela linha de pesquisa de microrganismos destinados à formulação de bioinsumos.
5 – Aline Rezende Rodrigues, do Laticínios Buritis
A médica veterinária Aline Rezende Rodrigues é doutora em doenças parasitárias com foco na reprodução animal desde 2005. Ela também é sócia do Laticínios Buritis, localizado no Vale dos Buritis, noroeste de Minas Gerais. Desde a fundação, Ana é a diretora de qualidade da empresa, tornando-se uma reconhecida especialista na indústria do queijo.
6 – Aline Sampaio Aranha, do Sítio Paraíso
A zootecnista Aline Sampaio Aranha tornou-se doutora em 2019, com foco em produção animal, composição corporal, nutrição de ruminantes em confinamento e pastagem. Já passou por vários grupos de estudo e também na gerência de rebanhos. Desde 2020, é ela que comanda o gado leiteiro do Sítio Paraíso, em Iperó (SP).
7 – Ana Carolina Rodrigues, da Elanco
A médica veterinária Ana Carolina Rodrigues é doutora em zootecnia desde 2008, com sua tese defendida na Clínica do Leite, na Esalq/USP. Em 2011, ela se tornou pós-doutora na Universidade de Wisconsin, em Madison, nos EUA. Atualmente, é pesquisadora da equipe sênior na Elanco, com foco na área de gado leiteiro e de corte, e também suínos e aves.
8 – Ana Elisa Alvim Dias Montagner, da Embrapa Amapá
A atual chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Amapá, Ana Elisa Alvim Dias Montagner, é doutora em zootecnia desde 2004. Em 2008, ela tornou-se pesquisadora da instituição que hoje está à frente. Uma de suas principais teses e estudos são em sistemas agrossilvipastoris e manejo bubalino em áreas inundáveis, onde está o principal manejo da espécie no estado.
9 – Ana Karina Dias Salman, da Embrapa Rondônia
Ana Salman é doutora em zootecnia desde 2003. Sua tese foi sobre expressão gênica em bovinos super precoces. Salman está na Embrapa desde 2005 e hoje é a responsável pelo Núcleo de Produção Animal da unidade de Rondônia, em Porto Velho, atua em diversos projetos de ILPF (integração lavoura-pecuária- floresta) na Amazônia, além de professora na pós-graduação da UNIR (Universidade Federal de Rondônia).
10 – Ana Paula Contador Packer, da Embrapa Meio Ambiente
A engenheira agrônoma Ana Packer tornou-se doutora em 2000, em química analítica, além de possuir mais cinco pós-doutorados, dos quais um no Canadá. Na Embrapa desde 2010, em junho deste ano ela assumiu a chefia geral da unidade Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP). E neste mês, Ana Paula tornou-se membro da Academia Brasileira de Ciências Agronômicas.
11 – Ana Paula L. Dias, consultora
A bióloga Ana Paula L. Dias tornou-se doutora em biodiversidade vegetal e meio ambiente em 2015 e desde 2017 se dedica à agricultura digital. Atualmente, ela é consultora da Climate, a divisão Farming Solutions da Bayer. Ana, que é portadora de deficiência, também é uma ativista para as causas de inclusão de pessoas na sociedade, especialmente no agro.
12 – Ana Paula Teixeira, da Ferro Ligas da Bahia
A engenheira florestal Ana Paula Teixeira é doutora em silvicultura desde 2021, com foco na produtividade do eucalipto. Uma parte de seus estudos foi por meio do programa Ciência sem Fronteiras, além de ser voluntária no Grupo de Trabalho Igualdade e Empoderamento da Rede Mulher Florestal. Atualmente é a engenheira responsável por solos e nutrição de plantas na companhia Ferbasa (Ferro Ligas da Bahia).
13 – Ana Paula Mendes Lopes, da Ballagro
A engenheira agrônoma Ana Paula Mendes Lopes se tornou doutora em nutrição de plantas em maio deste ano. Desde julho do ano passado, ela integra a Ballagro Agro Tecnologia, em Sorriso (MT), na equipe de desenvolvimento de mercado para a região da rodovia BR 163. No doutorado, Ana Paula desenvolveu para a soja trabalhos com manejo de nematoides utilizando plantas de cobertura e insumos químicos.
14 – Andreia Massuquetto, da Tectron
A zootecnista Andreia Massuquetto é doutora na sua área desde 2018, com parte do curso realizado fora do país, e com ênfase em nutrição e produção de aves e processamento de rações. Desde maio do ano passado, ela é a gerente técnica de avicultura da Tectron, empresa de nutrição animal e de aditivos alimentares, com sede em Campinas (SP).
15 – Bianca de Moura Barber, da Corteva
A engenheira agrônoma Bianca de Moura Barber é doutora em proteção de plantas desde 2018. Em janeiro deste ano, ela se tornou pesquisadora da Corteva, a partir de Toledo (PR). Entre 2009 e 2012, ela foi pesquisadora convidada na Universidade de Illinois, nos EUA, onde trabalhou na melhoria da produção de milho.
Fonte:
Leia mais em: https://forbes.com.br/forbesagro/2023/10/lista-forbes-das-100-mulheres-doutoras-do-agro/