Com a decisão, o Brasil não tem mais nenhuma planta com exportações bloqueadas para a China
A Administração-Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) retirou o embargo para as exportações de carnes de mais dois frigoríficos brasileiros. Com isso, o Brasil não tem plantas com restrições para embarques ao país asiático neste momento.
Nesta terça-feira (16), o órgão chinês liberou a retomada das exportações de carnes de aves da unidade da BRF em Lucas do Rio Verde (MT) e de carne bovina do frigorífico Masterboi, em São Geraldo do Araguaia (PA). Os embargos a essas plantas duravam mais de um ano. A unidade da BRF no Mato Grosso teve as exportações suspensas em março de 2022. Já a planta de bovinos da Masterboi estava bloqueada desde abril do ano passado.
“Depois de um dia tenso com a confirmação dos casos de gripe aviária em aves silvestres no litoral brasileiro, nós comprovamos na prática o que sempre dizemos, que o sistema de defesa brasileiro é eficiente, transparente e garante a qualidade dos nossos produtos”, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nas redes sociais. “Independentemente de qualquer crise sanitária, o Brasil tem bom controle, garante a qualidade dos seus produtos e continua exportando para os mercados mais exigentes”, completou.
Sem bloqueio
Com a retirada desses embargos, o Brasil não tem mais nenhuma planta com exportações bloqueadas para a China. Durante a pandemia, os bloqueios foram recorrentes. Alguns deles duraram quase dois anos.
Em novembro de 2022, a China anunciou a retirada das barreiras para dois frigoríficos que estavam suspensos desde a metade de 2020. Em março deste ano, durante visita da comitiva brasileira ao país asiático liderada por Fávaro, Pequim desbloqueou outras duas unidades.
O Frigorífico Redentor, de Guarantã do Norte (MT), que ficou sem exportar desde agosto de 2022, e a planta da BRF em Marau (RS), que não embarcou carnes de aves desde dezembro de 2021.
A retirada dos embargos para as duas últimas unidades era aguardada desde a missão à China. Haviam poucos detalhes a serem ajustados para a concretização da liberação. Nas últimas semanas, os técnicos brasileiros receberam sinalizações de que a retomada dos embarques seria autorizada.
Fonte: Valor Econômico
Autor: Rafael Walendorff