Paraná confirma segundo caso de gripe aviária em ave silvestre, diz ministério; um caso está em investigação

Ave doente foi encontrada em Pontal do Paraná, segundo Mapa. De acordo com a Adapar, medidas de vigilância em propriedades estão em andamento.

O Paraná confirmou o segundo caso de gripe aviária (H5N1) do ano, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O diagnóstico foi emitido no sábado (24) e divulgado neste domingo (25).

Assim como no primeiro caso, confirmado na sexta-feira (23), a doença foi detectada em uma ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real. O primeiro caso foi em Antonina e o segundo em Pontal do Paraná, ambas cidades do litoral do estado.

De acordo o Mapa, um caso está em investigação na Ilha do Mel, em Paranaguá. A mesma espécie é o vetor suspeito.

De acordo com Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), “as medidas de vigilância em propriedades em torno do foco também estão em andamento”.

Diagnósticos no Paraná

Os dois diagnósticos de gripe aviária do Paraná foram feitos pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como referência internacional no assunto.

Até este domingo (25), 152 investigações de casos suspeitos foram realizadas no Paraná.

Desde que doença começou a ser registrada no Brasil neste ano, produtores do Paraná e o governo tem feito esforços para evitar focos em granjas. O estado é o maior produtor e exportador de carne de frango do país.

Produtos avícolas paranaenses sem restrições

De acordo com a Adapar, a a condição sanitária do Paraná não está comprometida.

“Foram intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo estado, em especial nas regiões relacionadas a este evento. A depender da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pela Adapar para evitar a disseminação e proteger a avicultura paranaense”, disse nota técnica da agência.

A Adapar também destacou que, na região onde o primeiro animal infectado foi encontrado, não há propriedades de produção comercial em um raio de 10 quilômetros.

Após a confirmação do primeiro diagnóstico, na sexta, a Adapar disse que vistoriou todas as propriedades da região de Antonina, onde não foram observadas aves com sinais clínicos de gripe aviária.

“O litoral do Estado do Paraná não possui uma produção avícola comercial expressiva, ficando distante de locais com a produção intensiva”, afirmou nota técnica da agência.

Em nota, a Adapar afirmou que “promoveu a capacitação e o treinamento de profissionais em todas as Unidades Regionais do Estado, e conta com médicos veterinários com dedicação exclusiva e capacidade técnica elevada na área, para atendimento das questões sanitárias da cadeia avícola.”

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